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Depressão: tudo que você precisa saber sobre essa doença!

Atualizado: 13 de jun.


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Mais de 280 milhões de pessoas em todo mundo vivem com a depressão. Segundo a SBCM, nas próximas duas décadas, a depressão, provavelmente, será a doença mais comum do mundo, o que significa que ultrapassará os números do câncer e das doenças cardíacas.  


Afinal, o que é a depressão? 


“A depressão é um transtorno comum, mas sério, que interfere na vida diária, capacidade de trabalhar, dormir, estudar, comer e aproveitar a vida. É causada por uma combinação de fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos”. (OPAS) 


Por mais que seja considerada comum, a depressão é uma questão médica grave e que necessita de cuidados específicos, tal qual dezenas de outras patologias. 


Apesar de ser altamente prevalente na população em geral, o Brasil é apontado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1º e 2º lugar em maior prevalência de depressão na América Latina e nas Américas, respectivamente. Ainda segundo a OMS, a prevalência de depressão ao longo da vida no Brasil está em torno de 15,5%. 


Vale ressaltar que, de acordo com o Ministério da Saúde, diversos acontecimentos ao longo da vida podem ser “gatilhos” para episódios depressivos, como traumas, perda de pessoas queridas, mudanças significativas na rotina, uso de narcóticos, entre outros. 


Quais são os principais sintomas?


Os sintomas da depressão podem variar de pessoa para pessoa, por isso é fundamental contar com a orientação de um psiquiatra para realizar o diagnóstico adequado. Entretanto, existem alguns sintomas físicos e psicológicos mais comuns que podem servir como um importante alerta. Confira alguns deles:


  • humor deprimido, irritabilidade, apatia, ansiedade e angústia;

  • desânimo, sensação de cansaço constante e lentidão dos movimentos;

  • incapacidade de sentir alegria em atividades antes consideradas prazerosas;

  • sentimentos de medo, insegurança, falta de esperança e vazio;

  • ideias e sensação de falta de sentido na vida, fracasso e pensamentos de morte;

  • redução ou aumento do apetite e do peso;

  • insônia, despertar precoce ou aumento do sono;

  • sintomas físicos não justificados por questões médicas, como dores de barriga, diarreia, constipação, dor de cabeça ou no corpo, tensão na nuca e nos ombros, entre outros.


Tem tratamento? 


Sim, existe tratamento para a depressão! Apesar de até o momento não haver uma cura para o transtorno depressivo, há uma grande gama de tratamentos para os mais variados tipos de casos. 


Muito associada ao suicídio, a depressão tende a ser crônica e recorrente, principalmente quando não é tratada. Por conta disso, o tratamento é fundamental para possibilitar a melhora na qualidade de vida e no bem-estar da pessoa. Dentre eles, pode-se citar:


  • abordagem psicológica, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC) e a psicanálise;

  • uso de medicamentos específicos para depressão, prescrito por um(a) médico(a) habilitado(a);

  • práticas de autocuidado, como exercícios físicos, dieta equilibrada e gerenciamento do estresse. 


Quem vai determinar os tratamentos mais adequados é o profissional da saúde mental especializado, como o psiquiatra, afinal cada pessoa tem as próprias demandas e cada caso deve ser tratado com o máximo de personalização possível. 


Geralmente, o tratamento exige uma abordagem multidisciplinar entre a psicoterapia, os psicotrópicos (medicamentos específicos para o tratamento de doenças da mente) e as práticas de autocuidado. 


Segundo o Ministério da Saúde, 90-95% dos pacientes que aderiram ao tratamento apresentam remissão total do transtorno depressivo. Por isso, é essencial seguir todas as orientações dos profissionais da saúde, como seu médico psiquiatra de confiança, para ter uma melhor qualidade de vida, já que uma vez interrompido por conta própria ou pelo uso inadequado dos medicamentos, as chances de piora do quadro aumentam significativamente. 


Depressão não é frescura!


Depressão não é “frescura” ou “drama”. De acordo com o Jornal da USP, os brasileiros demoram cerca de três anos e três meses para procurar ajuda médica e iniciar o tratamento da depressão. Essa demora influencia diretamente a piora dos quadros depressivos e, frequentemente, pode ser explicada pela forte presença de diversos estigmas e preconceitos que as doenças mentais ainda carregam.


Por isso, o preconceito precisa ser substituído pela escuta e pela compreensão das histórias e dos relatos das pessoas que passam pelo processo tanto do diagnóstico quanto do tratamento de doenças mentais, como a depressão. 


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